RESUMO A colecistite enfisematosa é uma patologia relativamente rara, sendo a forma mais severa de colecistite aguda. É encontrada geralmente em pacientes idosos, debilitados ou diabéticos.É ocasionada por organismos formadores de gás e caracterizada pela presença deste no lúmen ou parede da vesícula biliar, bem como nos tecidos perivesicais, na ausência de uma comunicação anormal entre o sistema biliar e o trato gastrointestinal.Devemos sempre tê-la em mente quando do diagnóstico de colecistite aguda devido ao seu risco, aproximadamente trinta vezes maior, de evoluir com gangrena e, cinco vezes maior, de sofrer perfuração.A avaliação radiológica é de extrema importância, já que é a única forma de se fazer um diagnóstico precoce, o qual permanece um desafio devido ao alto grau de falha nos métodos habituais de imagem usados. O objetivo deste artigo é fazer uma revisão a respeito dos aspectos clínicos, dos métodos diagnósticos e do tratamento desta patologia.INTRODUÇÃOA colecistite enfisematosa (CE) é uma entidade relativamente rara, mas que vem tendo um maior número de relatos nos últimos anos em decorrência de uma melhora nas técnicas de imagem. Foi descrita pela primeira vez por Stolz, em 1901, durante uma necropsia. Pende, em 1907, foi o primeiro a descrever os achados cirúrgicos e Hegner, em 1931, foi o responsável pela primeira descrição radiológica e diagnóstica pré-operatória desta entidade(1).A CE é uma forma severa de infecção da vesícula biliar, desenvolvendo-se em aproximadamente 1% dos casos de colecistite aguda. É caracterizada pela presença de gás no lúmen, parede da vesícula biliar ou tecidos perivesicais, na ausência de uma comunicação anormal entre o sistema biliar e o trato gastrointestinal, sendo causada pela invasão da parede biliar por microrganismos formadores de gás, o qual se acumula na parede e/ou no lúmen vesical e, em alguns casos, nos tecidos perivesicais e sistema biliar(2-5). Os microrganismos relacionados com esta infecção são espécies de Kleibsiella, Staphylococcus, Streptococcus, Pseudomonas aeruginosa, sendo as espécies de Clostridium os microrganismos mais comumente implicados na gênese da CE(2,6). A Escherichia coli é também um germe freqüentemente presente, tanto sozinho ou como um copatógeno(4). Os microrganismos podem chegar até a vesícula por via hemática, linfática ou através da bile.Uma etiologia vascular primária, decorrente de uma oclusão da artéria cística, foi sugerida como sendo o insulto primário na maioria dos casos, nos quais a vesícula biliar isquêmica proporcionaria um ambiente em que os microrganismos formadores de gás proliferassem mais facilmente(2,4,6). Esta hipótese se suporta na observação histológica de estreitamento e oclusão arteriolar da parede da vesícula biliar.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
COLECISTITE ENFISEMATOSA
RESUMO A colecistite enfisematosa é uma patologia relativamente rara, sendo a forma mais severa de colecistite aguda. É encontrada geralmente em pacientes idosos, debilitados ou diabéticos.É ocasionada por organismos formadores de gás e caracterizada pela presença deste no lúmen ou parede da vesícula biliar, bem como nos tecidos perivesicais, na ausência de uma comunicação anormal entre o sistema biliar e o trato gastrointestinal.Devemos sempre tê-la em mente quando do diagnóstico de colecistite aguda devido ao seu risco, aproximadamente trinta vezes maior, de evoluir com gangrena e, cinco vezes maior, de sofrer perfuração.A avaliação radiológica é de extrema importância, já que é a única forma de se fazer um diagnóstico precoce, o qual permanece um desafio devido ao alto grau de falha nos métodos habituais de imagem usados. O objetivo deste artigo é fazer uma revisão a respeito dos aspectos clínicos, dos métodos diagnósticos e do tratamento desta patologia.INTRODUÇÃOA colecistite enfisematosa (CE) é uma entidade relativamente rara, mas que vem tendo um maior número de relatos nos últimos anos em decorrência de uma melhora nas técnicas de imagem. Foi descrita pela primeira vez por Stolz, em 1901, durante uma necropsia. Pende, em 1907, foi o primeiro a descrever os achados cirúrgicos e Hegner, em 1931, foi o responsável pela primeira descrição radiológica e diagnóstica pré-operatória desta entidade(1).A CE é uma forma severa de infecção da vesícula biliar, desenvolvendo-se em aproximadamente 1% dos casos de colecistite aguda. É caracterizada pela presença de gás no lúmen, parede da vesícula biliar ou tecidos perivesicais, na ausência de uma comunicação anormal entre o sistema biliar e o trato gastrointestinal, sendo causada pela invasão da parede biliar por microrganismos formadores de gás, o qual se acumula na parede e/ou no lúmen vesical e, em alguns casos, nos tecidos perivesicais e sistema biliar(2-5). Os microrganismos relacionados com esta infecção são espécies de Kleibsiella, Staphylococcus, Streptococcus, Pseudomonas aeruginosa, sendo as espécies de Clostridium os microrganismos mais comumente implicados na gênese da CE(2,6). A Escherichia coli é também um germe freqüentemente presente, tanto sozinho ou como um copatógeno(4). Os microrganismos podem chegar até a vesícula por via hemática, linfática ou através da bile.Uma etiologia vascular primária, decorrente de uma oclusão da artéria cística, foi sugerida como sendo o insulto primário na maioria dos casos, nos quais a vesícula biliar isquêmica proporcionaria um ambiente em que os microrganismos formadores de gás proliferassem mais facilmente(2,4,6). Esta hipótese se suporta na observação histológica de estreitamento e oclusão arteriolar da parede da vesícula biliar.
LEONARDO FLOR: 1º CURSO DE TOMOGRAFIA DO INCA
Eu fui convidado para ministrar o primeiro curso de Tomografia do Inca. Uma honra. Obrigado!!!
Explicand...
domingo, 28 de agosto de 2011
Radiologia, física e concurso - RJ: CEPERJ - nova convocação e seguem os problemas
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
LEONARDO FLOR: ANGIOTOMOGRAFIA DE CARÓTIDAS E VERTEBRAIS
1- Tronco da Artéria Braquiocefálica 2- Artéria Carótida Comum Esquerda 3- Artéria Subclávia Esquerda 4- Artéria Carótida Comum Dir...
terça-feira, 16 de agosto de 2011
DIVERTICULO DUODENAL
INTRODUÇÃO
O divertículo intraluminal do duodeno é anomalia congênita em sua origem, provavelmente uma forma de duplicação. Somente em 1968 foi relatado por Newman e Nathan um caso com diagnóstico radiológico pré-operatório, em criança(1). A maioria dos casos é achado de autópsia e de material cirúrgico(2-4). É anomalia pouco freqüente, com poucos casos relatados na literatura médica(5). Sinais clínicos e sintomas podem estar ausentes ou ser de pouca intensidade, ou ser os de obstrução intermitente. É causa pouco comum de obstrução duodenal(6). A anomalia consiste em uma formação em "fundo de saco", revestida de ambos os lados por mucosa normal, projetando-se na luz do duodeno(7).
Por ser o duodeno a sede menos freqüente de duplicação do trato alimentar, e em decorrência dos vários tipos de duplicação, o diagnóstico operatório é o mais freqüente(8-10).
O diagnóstico radiológico é feito quando o diafragma duodenal redundante e frouxo forma um fundo de saco que, distendendo-se como um balão, comprime a parede e provoca, secundariamente, uma obstrução parcial. O bolo alimentar é impelido pelo peristaltismo através do óstio ou abertura do diafragma lateral ou terminal e assim acarreta relativo distúrbio funcional(11-13). Em conseqüência, sintomas obstrutivos podem estar ausentes na infância e só vierem a ocorrer na fase adulta, quando o divertículo poderá, pelo aumento de tamanho, ocasionar sintomas dispépticos incaracterísticos, sendo o achado radiológico quase sempre acidental.
RELATO DO CASO
Paciente do sexo feminino, 44 anos de idade, melanodérmica, natural de Campina Grande, PB. A paciente foi encaminhada para exame radiológico do esôfago, estômago e duodeno, sem qualquer outra menção no pedido de exame.
Relatava a paciente que há vários anos vinha apresentando, ocasionalmente, sintomas dispépticos variados de curta duração, com sensação de distensão do estômago, empachamento pós-prandial, com dor na "boca do estômago", e às vezes regurgitações, principalmente após a ingestão de farináceos. Não relatava emagrecimento, falta de apetite ou outra alteração.
Ao exame radiológico verificou-se a existência de nítida hérnia do hiato diafragmático. O esvaziamento gástrico iniciou-se em tempo normal. Entretanto, observou-se que o meio de contraste baritado, após atingir a parte média do duodeno, encontrou um obstáculo em fundo de saco, com a presença de intenso peristaltismo de luta. Após permanecer a paciente em decúbito lateral direito e em oblíqua anterior direita por cerca de 30 minutos, o meio de contraste passou por fora da imagem citada, mostrando um outro relevo mucoso, e atingiu assim o duodeno distal e o jejuno proximal, que apresentavam calibre e relevo mucoso regulares.
À observação radioscópica, com intensificador de imagem e circuito de TV, fizemos o diagnóstico e passamos a documentar os achados.
A paciente foi encaminhada ao clínico, com o diagnóstico de divertículo intraluminal do duodeno, e, posteriormente, submetida a intervenção cirúrgica. Segundo o relatório do cirurgião, o duodeno mostrava-se moderadamente dilatado nas suas porções proximais. Feita a abertura do duodeno e aspiração do conteúdo, verificou-se a presença de uma formação do tipo diafragma, com abertura lateral junto à parede medial e com mucosa nas duas faces. Foi então feita ressecção circular em toda a extensão, com retirada completa do diafragma e do saco diverticular.
Cerca de um mês após a cirurgia, a paciente foi reexaminada por nós, quando então verificamos o desaparecimento da imagem anteriormente encontrada, e o trânsito, o relevo mucoso e o calibre do duodeno estavam normais.
DISCUSSÃO
Do ponto de vista anatomopatológico, é certo tratar-se de uma anomalia congênita. Embriologicamente, a teoria da duplicação é igualmente aplicável para explicar a formação do divertículo intraluminal do duodeno. Esta anomalia é considerada mais uma duplicação do que a formação de um diafragma incompleto distorcido. É de interesse notar que apenas um caso relatado na literatura foi diagnosticado unicamente pelo exame baritado convencional e tratava-se de uma criança.
Entretanto, verifica-se que, em alguns casos, os sintomas iniciaram-se na infância. Nos casos não complicados o diagnóstico radiológico não apresenta dificuldade. O divertículo intraluminal cheio de meio de contraste, nas várias incidências, apresenta-se como uma formação em "fundo de saco" dentro da luz duodenal.
LEONARDO FLOR: INFUSÃO INTRATECAL
domingo, 7 de agosto de 2011
Avaliação da radiografia de tórax
Analisar ambos os pulmões começando pelos ápices e continuando inferiormente .Comparar os aspectos em cada zona ou andar com os do lado oposto no mesmo nivel.As unicas sombras normalmente visiveis excetunado as cissuras e as sobreposições de tecidos moles....devem possuir caracteristicas vasculares.
Qualquer opacidade ou massa deve ser assinalada.A localização de qualquer possivel lesão deve ser feita inicialmente com referencia ao andar e posteriormente...quando possivel ...determinadao o lobo em que se localiza.
HILOS
Localização frequentes de adenoplatias e carcinoma bronquico.....pesquisar alterações da densidade....bem como irregularidades do contorno ou aumento de dimensões.
SOMBRA CARDIACA
Verifique a morfologia e as dimensões.E por vezes dificil assinalar aumentos de apenas de uma camara....assinalar no entanto alterações ao volume cardiaco global.
MEDIASTINO
Pesquisar massas bem como desvios do mediastino ou de seus componentes...nomeadamente a traqueia.
DIAFRAGMA
Os angulos costrofrenicos devem ser agudos bem delineados e permeaveis.Sua obliteração indica derrame pleural ou espessamento pleural cronico.A superficie superior do diafragma deveser convexa e bem definida.Deficiente definição de contorno superior traduz muitas vezes patologia das bases pulmonares.O aplanamento do contorno diafragmatico superior esta presente em situações de hipersuflação e na doença pulmonar obstrutiva cronica.
ESQUELETO OSSEO E TECIDOS MOLES
Avaliar os elementos da parede toraxica nomeadamente as costelas....pesquisando lesoes fraturárias ou esteoliticas.Aspectos das sombras mamarias(atençaõ as assimetrias pos-mastectomia) porções visiveis do abdomen e ombros
Fonte RADIOLOGIA E ANALISE DE IMAGENS
AUTOR JOAO MARTINS PISCO