sexta-feira, 1 de julho de 2011

Abcesso uterino(imagem de um abd demonstrando essa patologia)

Um abcesso é uma acumulação de pus, geralmente causada por uma infecção bacteriana. Quando as bactérias invadem o tecido são, a infecção espalha-se por toda a área. Algumas células morrem e desintegram-se, deixando espaços nos quais se acumulam líquido e células infectadas. Os glóbulos brancos, os defensores do organismo contra a infecção, deslocam-se para aqueles espaços e, depois de engolirem as bactérias, morrem. A acumulação de glóbulos brancos forma o pus, uma substância cremosa que preenche a zona. À medida que o pus se deposita, o tecido são é deslocado. Por fim, esse tecido acaba por crescer à volta do abcesso até o rodear por completo; o organismo tenta desta forma impedir uma difusão maior da infecção. Se um abcesso se rompe para dentro, a infecção pode propagar-se quer para o interior do corpo, quer por baixo da pele, conforme o local onde se encontre o abcesso. Uma infecção bacteriana pode gerar um abcesso de formas várias. Por exemplo, uma ferida perfurante feita com uma agulha suja pode fazer chegar bactérias ao tecido subcutâneo. Por vezes as bactérias podem disseminar-se a partir de uma infecção noutra zona do organismo. Também as bactérias que normalmente vivem no corpo humano sem causar nenhum dano podem ocasionalmente provocar um abcesso. As possibilidades de este se formar aumentam se houver sujidade ou um corpo estranho na área infectada, se a zona de invasão bacteriana tiver um baixo afluxo sanguíneo (como sucede na diabetes) ou se o sistema imunitário do indivíduo se encontrar debilitado (como acontece na SIDA). Os abcessos podem surgir em qualquer parte do corpo, incluindo os pulmões (Ver secção 4, capítulo 42), a boca (Ver secção 8, capítulo 94), o recto (Ver secção 9, capítulo 103) e os músculos. São bastante frequentes na pele ou debaixo dela, especialmente na face.Sintomas e diagnósticoO local onde se situa um abcesso e o facto de interferir ou não com o funcionamento de um órgão ou um nervo determina os seus sintomas. Estes podem incluir dor espontânea ou à pressão, sensibilidade, calor, inchaço, vermelhidão e possivelmente febre. Se se formar imediatamente abaixo da pele, apresenta-se usualmente como um alto visível. Quando está prestes a rebentar, a sua parte central adopta uma cor esbranquiçada e a pele que o reveste torna-se mais fina. Um abcesso formado a grande profundidade aumenta de volume consideravelmente antes de provocar sintomas. Como passa desapercebido, é provável que a partir dele se dissemine a infecção por todo o organismo. Os médicos podem reconhecer facilmente um abcesso que se encontra sobre a pele ou por baixo da mesma, mas custa frequentemente detectar aqueles que se encontram na profundidade. Quando uma pessoa sofre deste tipo de abcessos, as análises de sangue revelam um número anormalmente elevado de glóbulos brancos. As radiografias, a ecografia, a tomografia axial computadorizada (TAC) ou a ressonância magnética (RN) são exames que podem determinar a sua posição e tamanho. Dado que os abcessos e tumores costumam causar os mesmos sintomas e produzir imagens semelhantes, é habitualmente necessário, para se chegar a um diagnóstico definitivo, colher uma amostra do pus ou então extirpar o abcesso cirurgicamente para o examinar ao microscópio.TratamentoMuitas vezes um abcesso cura-se sem tratamento ao rebentar e esvaziar o seu conteúdo. Em certos casos, ele desaparece lentamente sem rebentar, ao mesmo tempo que o organismo elimina a infecção e absorve os resíduos. Por vezes pode ficar uma elevação dura. Um abcesso pode ser puncionado e drenado com o objectivo de aliviar a dor e favorecer a cura. Para drenar um abcesso de grande dimensão, o médico deve abrir as suas paredes e libertar o pus. Depois da drenagem, se o abcesso for grande, deixa um amplo espaço vazio (espaço morto), que pode ser temporariamente tapado com uma gaze. Em certos casos, é necessário deixar drenos artificiais durante algum tempo (geralmente tubos finos de plástico). Como os abcessos não recebem sangue, os antibióticos não costumam ser muito eficazes. Depois da drenagem, podem ser administrados para evitar uma recidiva. Também se recorre a eles quando um abcesso propaga a infecção a outras partes do organismo. A análise laboratorial às bactérias presentes no pus ajuda o médico a escolher o mais eficaz.

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